Depois de presidir a celebração da missa na sede do Arcebispado, a terça-feira do Papa Francisco em Rangum começou com um evento extra-oficial: o Pontífice recebeu 17 líderes das diferentes religiões presentes em Mianmar.
Tratou-se de um reunião inserida sucessivamente à programação para ressaltar o valor que o País atribui ao diálogo inter-religioso – uma das finalidades desta 21ª viagem apostólica seja em Mianmar, seja em Bangladesh.
No total, foram 40 minutos de encontro, no qual estavam presentes líderes budistas, hinduístas, muçulmanos, judeus, baptistas e anglicanos.
Depois do almoço, o Papa regressa ao aeroporto de Rangum rumo à capital, Nay Pyi Taw, para a cerimónia oficial de boas-vindas e o encontro com as autoridades. Nesta ocasião, Francisco pronuncia o seu primeiro discurso em terras birmanesas.
Em Nay Pyi Taw, o Pontífice se reúne também com “A Senhora”, como é conhecida a histórica activista Aung San Suu Kyi, hoje Conselheira de Estado e a figura mais emblemática deste momento de transição da política birmanesa.
No final da tarde, o Papa volta a Rangum.
Imprensa
A imprensa local, seja os jornais em inglês, seja em birmanês, dedicaram a primeira página à chegada do Pontífice, ressaltando a multidão em festa pelas ruas de Rangum.
“Milhares de pessoas lotam as avenidas para receber o Papa”, “multidão colorida acolhe o Santo Padre” foram algumas manchetes.
Os jornalistas prontamente noticiaram a visita inesperada ao Pontífice do Chefe das Forças Armadas, Min Aung Hlaing, e as palavras dirigidas a Francisco de que “não existe opressão ou discriminação religiosa em Mianmar”.
A capital
A cidade foi construída e planificada para ser a sede do governo, e é assim oficialmente desde 2006. Nay Pyi Taw também é conhecida pela desproporção entre a densidade populacional e o seu tamanho, suas avenidas largas e longas. Pelas ruas, se alternam momentos de vida ordinária com o absoluto silêncio e a ausência total de movimento.
Com a capital, cresce também a Igreja Católica. Na cidade, existem somente duas paróquias. A reportagem do Programa Brasileiro visitou uma delas: a de São Miguel Arcanjo. Dois sacerdotes conduzem esta paróquia frequentada apenas por 30 famílias. Enquanto a igreja está em construção, as missas são celebradas só aos domingos num templo improvisado e a única actividade é a catequese para as crianças.
Fonte:Rádio Vaticano
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