No sábado (16/06) o Papa Francisco encontrou uma Delegação do Fórum das Associações Familiares. Depois de entregar o texto preparado, o Santo Padre fez um discurso de improviso cheio de recordações e contando várias histórias. O primeiro tema que o Papa se detém é o da paciência. É preciso saber esperar. Na vida há situações de graves crises “onde se pode chegar até à infidelidade”. É justamente nesta hora que é preciso “a paciência” do amor que espera. E se um grita, o outro não deve responder gritando, mas deixar passar a tempestade e depois falar no momento oportuno.
Por isso são fundamentais as três palavras já recordadas outras vezes: “com licença”, “obrigado” e “desculpa”.
O catecumenato matrimonial
Sobre a Amoris laetitia, o Papa recomenda ler o quarto capítulo da exortação. “Alguns – disse – reduziram a Amoris laetitia, a uma estéril casuística do ‘se pode, não se pode’. Não entenderam nada!”. Em seguida o Papa se concentra na preparação ao matrimônio, ao fazer isso recorda as palavras que lhe foram ditas por uma mulher em Buenos Aires: “Para ser padres, vocês estudam oito anos, se preparam durante oito anos. E depois, passados alguns anos descobrem que não é este o caminho, então, escrevem uma bela carta para Roma, e Roma lhes dá a permissão, e assim podem se casar. Em seguida ela disse: Nós, ao invés, que recebemos um Sacramento para toda a vida, somos contentados com apenas três ou quatro encontros de preparação. Isto não está certo”. Neste ponto, Francisco sublinha a necessidade de “um catecumenato matrimonial, assim como há um catecumenato para o Batismo”.
A família humana à imagem de Deus é uma só: homem e mulher
O problema é que hoje – releva – “muitas vezes se pensa em formar uma família e casar como se fosse uma loteria”, ou seja, com o pensamento, se der deu, senão “anulamos tudo e começo tudo de novo”. Trata-se de superficialidade com relação ao maior dom que Deus deu à humanidade: a família”.
“Pode ser que um homem e uma mulher não acreditem: mas se eles se amam e se casam, são à imagem e semelhança de Deus, mesmo não crendo. É um mistério: São Paulo chama ‘grande mistério’, ‘grande sacramento’, um mistério verdadeiro”.
O maior dom: os filhos
Depois o discurso do Papa se concentra nos filhos. Há o caso dos que têm que comprar uma casa, viajar ou como o casal que ele encontrou, unidos há dez anos, que não queria filhos mas tinham três cães e dois gatos. Situação diante das quais o Papa reitera que os filhos são “o maior dom”. Depois dirige uma forte crítica ao aborto seletivo.
Francisco recorda de algumas histórias que sua professora contava quando era menino: quando as crianças eram jogados no penhasco. “No século passado – sublinha – todos ficavam escandalizados com o que os nazistas faziam para obter a pureza da raça. Hoje fazemos o mesmo, mas com luvas brancas”.
A família ameaçada pela falta de emprego
Há também a questão do trabalho. Se de um lado para viver é preciso de dois empregos, de outro a família está ameaçada pela falta de empregos. O Papa ressalta também que é preciso, sempre, brincar com as crianças: “percam tempo com seus filhos” e, enfim, recordando os idosos, pede novamente para que os avós falem com os netos e que não sejam afastados da família.(Vatican News)
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