Várias atitudes de Jesus revelam que Ele mau político e que nunca seria eleito para nada, e de fato não foi. Morreu como um fracassado para a sociedade, mas vitorioso diante de Deus. Entre as diversas atitudes que revelam Jesus um mau político, destacamos três.
JESUS nunca procurou os próprios interesses: “Eu vim não para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). E toda sua vida e ensinamentos andam nesta direção. A sua única motivação foi ser servo de todos e por isso deu sua vida: “Não há maior amor do que dar a vida por aquele que se ama” (Jo 15,13). E Ele sempre procurou, em todas as suas atitudes, o bem estar dos outros: Curou doentes, libertou oprimidos, devolveu a vista aos cegos e enviou os seus discípulos para que anunciassem o Evangelho.
JESUS mandou perdoar a todos, até aos próprios inimigos. Não é possível construir um mundo melhor através do ódio, que elimina os que não pensam como nós, que marginalizam e transformam a vida humana em violência e guerras. A política de Jesus foi levar o perdão e a misericórdia a todos. O Papa João XXIII dizia: “Procuremos sempre o que nos une e esqueçamos o que nos divide”.
JESUS nunca deixou de falar a verdade e apontou claramente as injustiças. Por isso, foi condenado e crucificado. O poder político do seu tempo não podia concordar com Jesus, que condenava os privilégios de poucos e a exclusão de muitos. Jesus foi mau político porque não pensou em si. O bem de todos deveria ser o motivo de todo trabalho dos políticos. Sempre unidos naquilo que é motivo de desenvolvimento e de solidariedade.
TEMPO de política é tempo de revisão de vida e de busca da verdade. Não devemos deixar-nos enganar por nada. Jesus nos deu um critério que não podemos esquecer: “Nenhuma árvore ruim poderá dar frutos bons e nenhuma árvore boa dará frutos ruins. É pelo fruto que se reconhece a árvore” (Mt 7,17-18). Frutos não podem ser só para alguns, mas para todos.
“HÁ NECESSIDADE de dirigentes políticos que vivam com paixão o seu serviço aos povos, solidários com os seus sofrimentos e esperanças; políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados, que sejam abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, que conjuguem a busca da justiça com a misericórdia” (Papa Francisco).
Autor:Dom Itamar Vian Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
Fonte:fecatolica
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