No último domingo, 04 de agosto, aconteceu na cidade e diocese de Itabuna, no sul da Bahia, o Anúncio Vocacional com muitos testemunhos de religiosos, padres, consagrados, leigos. E na oportunidade, um Seminarista da diocese de Itabuna, o Ubiratan Tibúrcio Sobrinho, deu um testemunho de quando ele iniciou a sua vocação sacerdotal.
Uma das coisas que ele disse foi: “Eu não queria ser padre desde criança. Mas por volta dos 15 anos, durante a Semana Santa, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, eu me lembro que teve uma procissão de Domingo de Ramos. E nessa procissão, escolheram um jovem para representar Jesus na procissão, caminhando com os dez apóstolos e tinha um jumento, que eu tive que até ir montado nesse jumento.
E o senhor que ia puxando esse jumentinho, quando nós terminamos a procissão, ele começou a puxar assunto comigo. Da maneira dele, muito simples, ele começou a fazer um verdadeiro elogio à vida sacerdotal. Ele me perguntou se eu tinha pensado em ser padre. E eu respondi pra ele que não. Aí então, ele discorreu todo um elogio sobre a vida sacerdotal,sobre a importância de se ter padres, as atividades de um padre, de maneira muito singela, muito simples que me incomodou, me tocou o coração.
Então, foi a partir daquele dia, no Domingo de Ramos de 2009, que eu comecei a pensar sobre a vida sacerdotal. Até aí, como todo jovem, com o coração repleto de sonhos, de desejos, de aspirações. Eu já tinha pensado em ser químico, ou em fazer Direito, mas a partir daquela procissão, eu saí com aquela questão, com uma boa angústia no meu coração. E tinha algo que eu já fazia nessa época, que me ajudou bastante, eu passava um bom tempo na internet lendo sobre a vida dos santos. E os que me chamaram mais atenção foram as histórias dos santos que foram padres. Cada um ia me tocando de uma maneira diferente. E aquilo foi crescendo no meu coração, num desejo de ir conhecendo mais sobre aquilo e também de passar por aquilo que esses homens passaram. Eu fui alimentando isso dentro de mim, conversando com Deus, de maneira silenciosa.
Até então, ninguém sabia desse meu desejo, era só Ele e eu. Aí um dia, eu conversei com um padre. Ele era um padre redentorista e se chamava Cristóvão. E ele falou comigo sobre a vocação religiosa. Não foi algo que me interessou muito e aí eu continuei rezando, e buscando e esse desejo aumentando em meu coração. Até que depois de um tempo, quem assumiu a Paróquia de Fátima, o reitor do Seminário e assim que ele chegou, nos primeiros dias, me aproximei dele e comentei com ele sobre essa minha inquietação. Então, ele me encaminhou para fazer os Encontros Vocacionais. Eu comecei em agosto de 2010, e meu primeiro vocacional foi na cidade de São José da Vitória.
Foi uma experiência muito boa, muito rica. Depois disso, passei a freqüentar o Seminário, uma vez por mês. Continuei em 2011 fazendo os Encontros Vocacionais e no final do ano, o padre me perguntou o que eu decidi responder para Deus. Se eu iria entrar no Seminário ou não. Sem nem pensar, eu disse que queria! E eu dei o meu SIM para o chamado que Deus me fez. E de 2012 até hoje, não faltaram dificuldades, a rotina é muito cansativa, o horário é muito puxado, mas nessas horas, buscamos refúgio na oração. Mas em contraposição a todas as dificuldades, nunca me faltou a certeza: eu quero ser padre! Quando eu entendi isso na minha vida, as dificuldades, as provações, se tornavam muito mais leve. Eu entregava nas mãos de Deus. Então, hoje estou aqui, terminando os meus estudos em Teologia no Rio de Janeiro e estou aguardando a Ordenação Diaconal e Presbiteral. E ainda estou com esse grande desejo no meu coração: fazer a vontade de Deus, servir a Deus, buscar a salvação das almas, inspirado naqueles santos que eu lia as histórias. Isso pra mim é vida!”
Edição de texto: Redação/Portal Católico.Net
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