Neste mês de outubro, a Igreja se volta para a necessária compreensão das missões, isto é, da permanente preocupação pelo anúncio do Evangelho a todos os povos. É neste período em que recorda-se o fundamental convite missionário de Cristo e da Igreja em cada comunidade, e incentiva-se o apoio do trabalho dos sacerdotes, religiosos e leigos nas fronteiras da missão da Igreja.
Alinhada com a Campanha da Fraternidade 2018 que refletiu a construção da cultura de paz, a Campanha Missionária deste ano tem como tema “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz” e o lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8). Seu objetivo é sensibilizar, despertar vocações missionárias e retomar a temática da superação da violência.
Durante todo o mês de outubro, as arqui/dioceses de todo o Brasil vão reforçar a reflexão da superação da violência e realizar atividades que motivem e incentivem o espírito de solidariedade e evangelização nos fiéis. Tais iniciativas buscam também chamar a atenção dos cristãos para o seu compromisso com a missão da Igreja em âmbito mundial.
A arquidiocese de Juiz de Fora, em Minas Gerais não tem medido esforços, juntamente com o clero e os leigos, para torná-la cada vez mais missionária. Prosseguindo algumas iniciativas anteriores, a Igreja particular procurou ampliar a ação missionária na Amazônia, especificamente na diocese de Óbidos, no Pará, onde hoje desempenha um amplo trabalho, incluindo os cuidados de uma paróquia dirigida por dois padres arquidiocesanos, com outras iniciativas de missões temporárias.
Atualmente, a arquidiocese iniciou a Missão Haiti. “Foi constituída a Comissão do Projeto JF/Haiti, com reuniões periódicas, sendo registradas atas e relatório. Em diálogo frequente com os Franciscanos na Providência de Deus que lá nos acolhem e com quem fazemos parceria fraterna, estamos organizando grupos de Profissionais Continentais, Empresários Continentais, Padrinhos Missionários Continentais que ofereçam algum recurso para educação de criança haitiana e outras iniciativas”, explica o arcebispo de Juiz de Fora, dom Gil Antônio Moreira.
Em Porto Alegre, a dimensão missionária tem se intensificado pela Iniciação à Vida Cristã, especificamente com o batismo, quando um grande número de catequistas visitam as famílias para preparar os pais e os padrinhos e depois integrá-los na comunidade. “Ser missionário é ir ao encontro do outro, ouvir as necessidades das pessoas e, às vezes, nossas grandes cidades são áreas de imenso desafio missionário”, aponta o bispo auxiliar de Porto Alegre, dom Leomar Brustolin.
Impulsionados pelos apelos do papa Francisco que recorda insistentemente o caráter missionário da Igreja, especialmente o de ser uma “Igreja em Saída”, a arquidiocese tem procurado estar em estado permanente de missão. “Missão é anunciar a experiência do encontro com Jesus Cristo, por isso que quem é missionário primeiro fez o encontro e suscita nos outros para que também despertem a sua vida para o encontro com Jesus Cristo que é sempre um encontro pessoal e comunitário”, afirma dom Leomar.
Privilegiando as periferias da cidade, a diocese de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia irá realizar a Semana Missionária diocesana. Por lá vários missionários com a ajuda de alguns padres farão visitas em escolas, para propor uma reflexão especial sobre a dimensão missionária. “Vamos privilegiar de modo especial as periferias da cidade e algumas comunidades que mais precisam de uma presença missionária e o destaque que eu insisti é que devemos dar foco nos jovens, portanto começaremos visitando todas as escolas, depois a paróquia é dividida em vários regionais e se concentrará o trabalho nesses regionais”, explica o bispo de Livramento, dom Armando Bucciol.
O mês de outubro também traz várias iniciativas importantes na arquidiocese de São Luís do Maranhão, uma delas ocorre logo no dia 01º de outubro, quando seminaristas de várias dioceses do Maranhão realizam uma celebração especial para marcar não só a abertura do mês, mas também para reafirmar que estão dispostos a vivenciarem essa caminhada. “Além disso, temos os grupos bíblicos que são realizados em muitas comunidades. O Condomínio Novo Templo, por exemplo, que faz parte da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Cohafuma já faz essa experiência”, afirma o bispo auxiliar de São Luís, dom Esmeraldo Barreto de Farias.
Na arquidiocese de São Paulo, uma exposição mostrará ao público os carismas e os trabalhos de alguns Institutos e Organismos Missionários no mundo, incluindo pela primeira vez, o projeto missionário além fronteiras, mantido pelo regional Sul 1 da CNBB, na diocese de Pemba em Moçambique, na África. A exposição também vai fazer uma homenagem a homens e mulheres que vivenciaram, de alguma forma, a fraternidade sem fronteiras, como Nelson Mandela, Ghandi, Dom Oscar Romeiro, entre outros.
Além disso as congregações missionárias mostrarão ao público os seus carismas, seus trabalhos no mundo e alguns projetos missionários nos cinco continentes, entre os quais a REPAM e o projeto missionário além fronteiras, mantido pelo regional Sul 1 da CNBB, na diocese de Pemba em Moçambique, na África. O Conselho Missionário Regional (Comire), responsável pelo estande do projeto Pemba, pretende distribuir material missionário, panfletos e folder de animação missionária.
O regional Sul 2 da CNBB, que envolve o Estado do Paranáalavancou desde 2011 um projeto missionário na África, especificamente na diocese de Bafatá, na Guiné Bissau. Em 2014 foi enviado o primeiro grupo de missionários. Desde então, a iniciativa tem rendido bons frutos. O último envio aconteceu no dia 20 de outubro e o casal Pércio Pereira Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória estão dispostos a permanecer em missão por um período de quatro anos.
Tais iniciativas só demonstram uma parte do que a Igreja no Brasil suscita no campo missionário. Além dessas, várias outras atividades são desenvolvidas pelo país. Saiba como ser um missionário entrando em contato com a sua diocese.
Fonte:CNBB
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