De 10 a 11 de agosto, foi realizado, pela segunda vez em formato virtual em razão da pandemia, o 14º Seminário com os Bispos Referênciais para as Ceb´s e para o Laicato dos 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência.
Além dos bispos, ao todo participaram 74 pessoas, incluindo também os representantes da Ampliada Nacional de Ceb’s, assessores da Comissão da CNBB, representantes dos organismos e associações ligadas ao laicato, comunidades novas e o grupo de reflexão formado por teólogos e pastoralistas, sendo alguns deles professores das PUCs brasileiras.
De acordo com bispo da diocese de Tocantinópolis (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB, dom Giovane Pereira de Melo, estes bispos têm a missão de acompanhar os organismos, as expressões e movimentos laicais, as Ceb’s e animá-los na sua identidade, na sua vocação e missão como cristãos leigos e leigas na Igreja no Brasil.
Na pauta do primeiro dia, os participantes puderam aprofundar a análise de conjuntura e as perspectivas eclesiais e sociais com o auxílio do padre que é membro da Comissão Teológica do Sínodo 2023, padre Agenor Brighenti. O padre orientou a reflexão a partir dos textos de estudo da 1ª Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe. O documento, cujo um dos eixos de reflexão é organizado em torno dos impactos da pandemia, fala de um modelo de exclusão social crescente.
Parâmetros básicos para a Formação do Laicato
A maior parte da programação do segundo dia foi dedicada à reflexão e encaminhamentos dos Parâmetros Básicos para a Formação do Laicato – a formação como exigência humana, cristã, espiritual, do Reino, publicados recentemente no Volume 4 da Coleção Sal e Luz, da Edições CNBB.
Dom Giovani recorda que o processo de pensar a formação de leigos e leigas na Igreja no Brasil já percorreu um caminho bastante longo. “Estamos entregando à Igreja no Brasil estes parâmetros contextualizado com a nova conjuntura mundial de realidade pandêmica, com o avanço da sociedade de comunicação e mídias digitais e que incluem todas as inovações trazidas nos documentos do magistério do Papa Francisco”, aponta.
O grande objetivo dos parâmetros, segundo o presidente da Comissão para o Laicato da CNBB, é oferecer os referências, a partir de eixos e critérios importantes para a formação do laicato no Brasil, tudo traduzido com uma linguagem sucinta, direta e acessível. “O documento quer garantir uma base comum às dioceses assegurando também a autonomia de cada realidade”, disse.
A primeira parte do documento trata dos pressupostos e eixos transversais. Um dos pontos abordados é a “mística Crística e eclesial como fonte”, o “humano como lugar”, a ” fé e a realidade como dinâmicas”, o “Reino de Deus como horizonte”, o “diálogo como caminho” e a “contemplação e a ação como exigências”. A segunda parte dos pressupostos organiza os critérios gerais que precisam estar presentes na formação dos leigos: hermenêuticos, históricos-sociais, teológicos, eclesiológicos e pedagógicos, seguidos de indicações bibliográficas.
“O próximo passo que estamos encaminhando são as estratégias para fazer estes parâmetros serem recepcionados pelas Igrejas locais e serem assumidos pelos movimentos e expressões laicais do Brasil”, disse.
No primeiro e no segundo dia também foram feitos os comunicados do Centro Nacional de Fé e Política (Cefep), a Comissão Brasileira de Justiça e Paz e o Conselho Nacional do Laicato (CNLB), das Ceb’s, o Setor Laicato, do Serviço de Comunhão Charis e Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe. Também foi consolidado o calendário até o final de 2021 e as propostas de trabalho para 2022.(CNBB)
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