Em 5 de agosto do ano de 358, em pleno verão italiano, nevou no centro de Roma. Segundo a tradição, a Virgem Maria teria aparecido em sonho ao Papa Libério pedindo para erguer uma basílica no local onde encontraria a neve. O idealizador do projeto de evocação do milagre de Nossa Senhora das Neves na Basílica de Santa Maria Maior vai dedicar o evento deste ano ao “coração generoso de Papa Francisco”.
Será dedicada ao “coração generoso de Papa Francisco” a edição deste ano, a de número 38, da evocação do milagre de Nossa Senhora das Neves na Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais de Roma. O idealizador e arquiteto Cesare Esposito, segundo a agência de notícias Adnkronos, chegou a enviar uma carta ao Pontífice convidando-o para seguir o evento que acontece nesta quinta-feira (5), às 21h no horário italiano, para testemunhar a evocação da Virgem, “para que se torne um símbolo de esperança e de amor para todos os fiéis e para a cidade”.
Na carta dirigida ao Papa Francisco, o arquiteto italiano recorda as muitas dificuldades que teve que enfrentar na vida desde que criou o projeto da “primeira nevasca em 1983”. Além disso, lembra como “o aniversário de 5 de agosto se tornou um evento importante para os fiéis, tanto que em 1987 o Papa João Paulo II participou da cerimônia fazendo um discurso sobre o prodígio da neve diante de milhares de fiéis presentes”.
Para o evento, desde a déc. 80, a praça se transforma num teatro de luzes para comemorar aquele 5 de agosto de 358, quando, segundo a tradição, a Virgem Maria teria aparecido num sonho ao Papa Libério pedindo para erguer uma basílica onde encontraria neve fresca no dia seguinte. Na manhã seguinte, o bairro do Esquilino acordou com neve – em pleno verão italiano – e Libério traçou o perímetro do local para construir a primeira basílica do Ocidente dedicada a Nossa Senhora das Neves.
O Papa e a Virgem Maria
No ano passado, o Papa Francisco chegou a visitar a basílica durante a tarde, onde se deteve em oração diante da imagem da Salus Popoli Romani, que o Pontífice venera particularmente e à qual confia sempre as suas viagens apostólicas, prestando homenagem antes da sua partida e depois do seu retorno. Em 5 de agosto de 2018, ao concluir o Angelus, o Papa pediu que a Virgem Maria “nos sustente em nosso caminho de fé e nos ajude a nos abandonarmos com alegria ao plano de Deus para as nossas vidas”.
Festa da Dedicação da Basílica
Pela parte da manhã de hoje, de Solenidade da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, o ápice da festa com uma celebração eucarística. Na hora do canto do Glória, no interior da Basílica, uma tradicional chuva de flores recorda o “milagre da neve” em pleno verão do ano de 358. Durante a tarde, a recitação do Santo Rosário, seguida pelas Solenes Segundas Vésperas, com uma nova chuva de flores durante o Magnificat. Ao final do dia, a missa de encerramento da festa, para, à noite, diante da basílica, recordar “o milagre da neve” com o projeto idealizado pelo arquiteto italiano.
Andressa Collet – Vatican News
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