O Cardeal Dom Sérgio da Rocha e Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, concedeu uma entrevista exclusiva à RRC e à Rádio Interativa FM de Itabuna, no sul da Bahia, nesta quarta-feira (15/07), no programa das 19h, a “Voz de Santa Rita”, que tem como apresentador, o Padre Frei Gilton Oliveira (pároco da paróquia Santa Rita de Cássia) em Itabuna. A emissora compõe a Rede de Rádio de Comunicação (RRC), que é administrada pelos Frades Menores Capuchinhos de Bahia e Sergipe. A entrevista foi conduzida pelo Superintendente da RRC, o Pe. Frei Jorge Rocha.
Vale ressaltar que o cardeal Sérgio da Rocha tomou posse no mês passado, como arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, em substituição a Dom Murilo Krieger, que está se aposentando.
O Cardeal começou a entrevista contando um pouco a sua história, falando sobre os lugares por onde passou: Fortaleza, Teresina e Brasília (onde passou os últimos nove anos). Na oportunidade, sobre essas experiências, ele disse: “Eu diria que a gente devia ter sempre esse coração missionário, não só o bispo, mas todo mundo devia ter um coração missionário, disposto a servir à Igreja. Em cada lugar que eu tive que servir, de fato, que estava de coração, como estou hoje aqui em Salvador, na Bahia. Não é porque eu passei por outros lugares que eu estou pronto. Eu quero aprender com o povo querido aqui de Salvador, aprender com os que vivem aqui. Eu tenho uma ligação com a Bahia, desde o meu nascimento, porque nasci das mãos de uma parteira baiana que vivia lá no interior de São Paulo, onde eu nasci.”
Dom Sérgio da Rocha conta como foi a sua chegada na Arquidiocese de Salvador: “Eu encontrei, num primeiro momento, uma acolhida generosa demais. Eu já sabia que nossa gente aqui tem um coração acolhedor, alegre, cheio de fé. Mas, eu pude experimentar isso concretamente antes da minha nomeação, até agora. Tive inúmeras manifestações de carinho. E eu me sinto parte já, dessa família, como se eu tivesse aqui, há mais tempo, pela maneira muito bonita como eu tenho sido recebido pelo clero e pelo povo em geral. Exceto que, com a pandemia, não posso ter a proximidade que gostaria, mas já tenho conhecido bastante o coração desse povo. ”
Num outro momento da entrevista, Dom Sérgio conta que foi presidente da CNBB de 2015 a 2019, e fala sobre a visão da presença pastoral da Igreja nos dias de hoje: “Eu já valorizava muito a CNBB e sendo presidente da Conferência, eu tive a oportunidade de valorizar muito mais. Porque me envolvia ainda mais com a Conferência Episcopal, com a sua missão. A CNBB não substitui os bispos nem as dioceses, mas ela pressupõe essa comunhão entre os bispos”.
Para finalizar a entrevista, ele falou sobre a importância dos meios de comunicação no processo de evangelização: “Nós sabemos que os meios de comunicação têm tido uma importância fundamental na vida das pessoas, das famílias, das comunidades da sociedade em geral. Mas, cada vez mais, os meios de comunicação, são importantes, pra nós, que estamos evangelizando, para as nossas paróquias, comunidades, movimentos pastorais… estamos utilizando muito esses meios de comunicação, desde rádio e tv, como os novos meios, como as redes sociais. A rádio, por exemplo, é sintonizada por muita gente, através da internet, então, nós temos, sem dúvida, que valorizar, que recorrer, a esses meios, que são preciosos e que tem essa possibilidade de aproximar as pessoas da evangelização. E os jovens são o nosso grande desafio, pois devemos procurar cada vez mais, meios, para que o jovem participe da Igreja”. Nós temos que avançar cada vez mais na proposta que a CNBB insiste que é a evangelização dos jovens, contando com os próprios jovens, jovens que sejam capazes de evangelizar outros jovens”, finalizou o Cardeal.
Foto: Pascom/Arquidiocese de Salvador (BA)
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