O Concílio Vaticano II, realizado entre os anos de 1962 e 1965, provocou muitas mudanças na Igreja, com o objetivo de inseri-la na realidade do mundo moderno.
Uma Igreja fechada em seus dogmas estava, cada vez mais, distante da realidade das pessoas. A necessária renovação começou nesse Concílio, que abordou temas relevantes que mudaram a compreensão da Igreja sobre sua presença na sociedade. Foram repensados vários temas e posturas que reconduziram a Igreja a cumprir o seu papel: anunciar e testemunhar a presença de Jesus Cristo no mundo contemporâneo.
O leigo, nesse Concílio, de coadjuvante, tornou-se protagonista na missão da Igreja, ou seja, merecidamente, o leigo teve o seu trabalho reconhecido. A Constituição Dogmática Lumen Gentium afirma:
“Os sagrados pastores conhecem, com efeito, perfeitamente quanto os leigos contribuem para o bem de toda a Igreja” (LG30).
A missão da Igreja na América Latina, impulsionada pelo Concílio Vaticano II, foi renovada na Conferência de Aparecida. Nessa Conferência, a Igreja renovou a sua opção de estar presente no meio do povo para ser fiel à sua missão de levar o Evangelho a todos os povos (Mt 28,19).
O protagonismo do leigo, conquistado no Concílio Vaticano II, ganhou um novo impulso a partir dessa Conferência. A missão da Igreja em anunciar Jesus Cristo não é mais restrita ao clero e aos consagrados, mas se estende a todos os batizados.
O Documento de Aparecida afirma:
“A evangelização do Continente, dizia-nos o Papa João Paulo II, não pode realizar-se hoje sem a colaboração dos fiéis leigos” (DAp 213).
A missão da Igreja – que somos nós – é ser sinal da Graça de Deus no mundo e para o mundo.
Foto:Vera de Souza (Arquivo Jornal Santuário)
Por :Pe. Luiz Almir Gonçalves, C.Ss.R./A12
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