O retorno dos fiéis tornará mais bela a celebração do centenário da escultura de Nossa Senhora de Fátima. A peregrinação internacional aniversária do próximo 12 de junho terá como tema “Tempo de graça e misericórdia: dar graças por viver em Deus” e será a primeira com a presença dos fiéis desde o início da pandemia de Covid-19.
Segundo informações do site do santuário, a escultura de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que se venera na Capelinha das Aparições, estará mais próxima dos peregrinos. Na tarde do dia 13, durante a peregrinação internacional aniversária, ela será deslocada para a exposição que leva por nome “Vestida de Branco”.
A imagem centenária poderá ser contemplada de perto entre as 14h30 e 20h, no Convivium de Santo Agostinho, localizado no interior do santuário mariano português. Todo o percurso da exposição deve ser cumprido mantendo as regras de distanciamento social e uso obrigatório de máscara, devendo os peregrinos visitantes seguir as indicações das equipas de acolhimento no local.
A peregrinação internacional aniversária começa às 21h30 do dia 12 de junho, com o Rosário internacional na Capelinha das Aparições, seguido de Procissão das Velas e Celebração no Altar do Recinto de Oração. No dia 13 de junho, o Rosário internacional acontecerá às 9h, na Capelinha das Aparições, seguido de missa, bênção dos doentes e procissão do Adeus.
Para seguir combatendo o surto do coronavírus, as autoridades do Santuário atendem as normas estipuladas pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) junto com as autoridades de saúde de Portugal. Os fiéis devem usar máscaras nos recintos fechados, higienizar as mãos antes de entrar nos lugares de oração, devido à pandemia a capacidade de fiéis dentro das Basílicas e da Capelinha das Aparições foi temporariamente reduzido e a cada 10 minutos um aviso sonoro ecoa no pátio do santuário para recordar os fiéis as recomendações da CEP.
Escultura centenária foi feita com cedro do Brasil e escapou de atentado
O site do santuário informou que “a escultura, que se tornou um dos ícones marianos mais conhecidos e replicados em todo o mundo, foi encomendada em 1919 por um devoto de Torres Novas, Gilberto Fernandes dos Santos, à Casa Fânzeres, de Braga”.
A obra do santeiro José Ferreira Thedim foi inspirada numa imagem de Nossa Senhora da Lapa, venerada na vila de Ponte de Lima, no norte de Portugal. Ela foi modelada e executada conforme o relato das videntes, tal como lhe foi transmitido pelo cónego Manuel Formigão. A escultura possui 1,04 metros de altura e foi produzida em cedro do Brasil.
A Imagem, benzida em 13 de maio de 1920, pelo pároco de Fátima, padre Manuel Marques Ferreira, foi levada para a Capelinha das Aparições somente um mês depois. Na época, as manifestações religiosas estavam proibidas pelo Regime Republicano.
Um fato curioso é que durante a noite, a imagem era recolhida pela zeladora Maria Carreira, conhecida por Maria da Capelinha, por esse motivo não foi destruída no atentado do dia 6 de março de 1922, que quase acabou com a Capelinha.
A renovação da Capelinha das Aparições aconteceu a tempo da primeira visita de João Paulo II. No dia 12 de maio de 1982, o Santo Padre visitou o Altar do Mundo para agradecer por ter sobrevivido ao atentado que sofreu em 13 de maio de 1981.
A Imagem está no exterior da Capelinha no local exato onde se encontrava a azinheira em que a Mãe de Jesus apareceu aos três Pastorinhos. Habitualmente, ela sai da Capelinha nos dias 15 de agosto e 8 de dezembro e também na noite dos dias 12 e 13, de maio a outubro, quando acontecem as grandes peregrinações internacionais aniversárias.(ACI)
Procissão das velas. Foto: Santuário de Fátima (www.fatima.pt)
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