Teve início no dia 6 de agosto, na cidade de Santa Cruz da Vitória (BA), os preparativos para a Festa da padroeira do município, Nossa Senhora das Vitórias.
As celebrações vão até o dia 14 de agosto, na igreja matriz, pois o grande dia festivo acontece no dia 15, feriado municipal religioso.
Vale ressaltar que as celebrações eucarísticas acontecem todas as noites, às 19h.
A programação do dia festivo vai contar com com duas missas durante o dia. Às 8h, têm batizados, às 10h, acontece a missa dos devotos, às 16h, missa solene e em seguida tem procissão pelas ruas do município com a imagem da padroeira.
Conheça um pouco a história de Nossa Senhora das Vitórias:
Em 1627, a importante cidade portuária de La Rochelle, na França, tinha-se tornado um grande e poderoso reduto do crescente protestantismo. O Rei católico Luís XIII tinha como ministro um Cardeal
chamado Richelieu. Juntos, os dois reuniram o exército e empreenderam um cerco a La Rochelle.
O objetivo era por fim à onda anticatólica que dominava a cidade. A vitória, porém, seria muito difícil, pois os protestantes eram apoiados por uma potência bélica: a Inglaterra. Em vista disso, Luís XIII pediu à Rainha Ana da Áustria, sua esposa, para movimentar os católicos e motivá-los para que se fizessem orações públicas pedindo a vitória da fé católica em todas as igrejas da cidade de Paris.
Assim, começaram grandes movimentações de fiéis liderados pelo Arcebispo de Paris, juntamente com o clero. Todos rezavam o terço pedindo ao Senhor, pela intercessão de Maria, a derrota dos protestantes. Os capelães do exército, por sua vez, também promoveram um grande movimento de orações no meio dos soldados. E a coisa cresceu de tal forma que, em algumas horas do dia ouvia-se a recitação do terço e grandes orações de louvor à Virgem Maria.
Quando Luís XIII percebeu que era a hora, avançou sobre os revoltosos e estes, surpreendentemente, se renderam. Em gratidão por essa tão inesperada vitória, o rei Luís XIII lançou, na cidade de Paris, a pedra fundamental da igreja que ele mesmo chamou de Igreja de Nossa Senhora das Vitórias. Seria uma recordação duradoura da vitória sobre La Rochelle.
Ana da Áustria, Rainha da França e esposa de Luís XIII não conseguia engravidar, para dar um herdeiro ao marido. Estavam casados há mais de 23 anos e ela já tinha perdido a esperança. Nesse tempo, um convento de frades de Santo Agostinho, que ficava perto da Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, tinha recebido um camponês muito humilde chamado Irmão Fiacre. Este teve compaixão da rainha e começou a pedir a intercessão de Nossa Senhora sobre esta situação. O irmão, então, teve uma visão da Virgem Maria. A Mãe Celestial lhe disse que as orações seriam atendidas, desde que fossem rezadas novenas nas igrejas indicadas por ela. Dentre estas estava a igreja de Nossa Senhora das Vitórias. E assim foi feito.
Então, depois de dez meses de intensas orações, Ana da Áustria deu à luz seu primogênito. Este se tornou o grande rei Luís XIV, um dos mais importantes de toda a história da França.
Em ato de profundo agradecimento, Luís XIII publicou-se um Edito oficial em que consagrou a família real e toda a França a Nossa Senhora. Este Edito ficou conhecido como o Voto de Luís XIII. Até hoje ele é comemorado nas paróquias da França.
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