As estações quaresmais são uma antiga tradição que remonta ao século V. Como indica o termo refere-se a deter-se, “parar” antes de retomar a peregrinação cotidiana em atitude de louvor e oração. Os fiéis junto com os peregrinos, todos os dias se reúnem e detêm-se (statio) junto a uma das tantas “memórias” dos mártires que constituem os alicerces da Igreja de Roma.

Consolidar os vínculos eclesiais

Nas basílicas, onde são expostas as relíquias dos mártires, celebra-se a Santa Missa presidida por uma procissão, durante a qual cantam-se as Ladainhas dos Santos. Desse modo recorda-se que o sangue dos mártires testemunharam Cristo. A prática destas estações quaresmais tem como finalidade consolidar os vínculos eclesiais dentro de cada comunidade local ao redor do próprio pastor.

Vigiar como sentinelas

O termo “statio” em latim reinvoca a imagem da sentinela que vigia o acampamento militar. De fato, com esta imagem, representa-se, uma passagem essencial da Quaresma: a atitude de vigiar como sentinelas, mas armados de oração, para cumprir obras de penitência, de caridade e de jejum. A “statio” é também o lugar de encontro da comunidade cristã que se reúne nos chamados “tituli”, ou seja, as antigas paróquias ou os santuários onde estavam sepultados os mártires.

Hoje primeira estação quaresmal com Papa Francisco

A primeira das estações quaresmais está prevista para hoje, Quarta-feira de Cinzas. Na parte desta tarde (06/03) Papa Francisco iniciará na igreja de Santo Anselmo no Aventino, a “statio” seguida pela procissão penitencial até a basílica de Santa Sabina. Na procissão, guiada pelo Santo Padre, participarão os cardeais, os arcebispos, os bispos e os monges beneditinos de Santo Anselmo, os padres dominicanos de Santa Sabina e os fiéis. No final da procissão, o Papa presidirá a Missa com o rito de bênção e imposição das Cinzas.(Vatican Midia)