Munidos com o terço nas mãos ou no pescoço, vestidos com camisas do seu grupo e banners que mostravam a sua origem, mais de 350 homens estiveram reunidos neste domingo (23), na 1ª caminhada dos Homens do terço, na Diocese de Itabuna, no sul da Bahia. A concentração teve início às 8h, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, situada no bairro de Fátima.
Os fieis seguiram em caminhada rezando os mistérios do santo terço e cantonado até a quadra poliesportiva do Colégio Sistema no Centro Comercial da cidade.
A 1ª Caminhada Diocesano dos Homens do Terço contou com a participação de 15 paróquias, sendo que 8 delas, não enviaram membros do movimento do terço dos Homens (ao todo são 33 paróquias em 16 municípios baianos).
Duas paróquias da Diocese de Ilhéus foram convidadas especiais: a da cidades de Itajuípe e a de Lomanto Junior (conhecida popularmente como Barro Preto).
O evento foi composto de palestras, caminhada, reza do do santo terço, missa e vários testemunhos dos homens do terço. Alguns padres estiveram prestigiando o evento, como por exemplo, o vigário geral da Diocese de Itabuna, o Pe. Nicolau Klak (pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima), o Pe. Elessandro Feitosa (pároco da Paróquia Senhora Santana de Buerarema) e o
Pe. Manoel Carlos (pároco da Paróquia Senhor do Bonfim em Itabuna).
A celebração da Santa Eucaristia aconteceu às 15h, com a presidência do Bispo Diocesano, Dom Carlos Alberto dos Santos, e concelebração pelo Pe. Gilvan Oliveira, pároco na Catedral Diocesana de São Jose e o diácono Trajano Oswaldo.
Na oportunidade, foi dado o testemunho de Cléber Gonçalves, da Paróquia Santo Antônio de Itororó, que foi uma criança que sofreu até para nascer, pois as mãe havia tomado remédio três vezes para impedir o seu nascimento. Cléber nasceu e teve outros cinco irmãos. Ele contou que desses cinco irmãos, era o único que não era envolvido com drogas e que é o único que até hoje está na Igreja. Muitos irmãos foram mortos e outro está foragido. Por isso, no momento, ele deixou um recado especial para os jovens: “Muitas vezes você acha que não é amado por ninguém, mas no decorrer da caminhada, que eu entrei na Igreja, o primeiro acolhimento que eu tive foi do sacristão, que até hoje eu chamo de padrinho. E também do padre da minha paróquia que é o Padre Manoel Carlos. Estes me acolheram! Fui uma criança perturbada, que sofreu abuso, que foi excluída pelo pai e pela mãe. E eu não fui para o mundo. Eu insisti dentro da Igreja. O tempo passou, entrei no vocacional da Diocese, e eu irei ingressar no vocacional dos Frades Menores Capuchinhos, aqui em Itabuna, na Paróquia Santa Rita. Porque primeiro eu tive fé em Deus e em Nossa Senhora. E segundo, eu acreditei em mim mesmo.”
Magno, um dos coordenadores, falou como surgiu a idéia de realizar esta caminhada em Itabuna: “Essa idéia surgiu através do incentivo de Dom Carlos, pois a nossa diocese está muito dispersa, o movimento estava enfraquecido. Com a chegada de Dom Carlos, que trouxe essa experiência de Teixeira de Freitas, ele nos sugeriu montar uma coordenação, que deu certo, e esse foi então, o nosso primeiro evento, mas com toda a dedicação do bispo Dom Carlos”.
Dom Carlos falou sobre a importância deste evento: “O homem é um tipo de pessoa que quando fala de Igreja, ele fica um pouco distante. E o Terço dos Homens é uma maneira de chamar ele. E ele chama um outro homem que é amigo dele e aos poucos vai se aglomerando. Então se torna uma sociedade sadia, cristã, mais humana e mais alegre. Então, é uma maneira da gente chamar a atenção dos homens de que eles tem um lugar especial dentro da Igreja”
Ao final da celebração, o Bispo Dom Carlos e toda a coordenação agradeceu a todos os homens e jovens que compareceram e participaram da 1ª Caminhada de fé dos homens do terço e já confirmou a segunda edição da caminhada em 2019: “Vamos lotar esta quadra novamente com 3000 mil homens do terço”, disse o Bispo.
O movimento Terço dos Homens Mãe Rainha surgiu por iniciativa divina e não por ato humano. O humano foi usado como instrumento precioso de Deus. O homem sempre rezou o terço. Lembramos São Domingos (1170-121), que foi o 1º a promover a reza popular do rosário. No Brasil, na era colonial, os negros africanos rezavam o terço, orientado pelos padres jesuítas. Em 1942, em Lion, na França, o Pe. José Kentenich, fundador da Mãe Rainha, reuniu 50 mil homens na reza do rosário. Em 10 de Setembro de 1950, o diácono permanente, João Luiz Pozzobon, hoje em processo de canonização, reuniu em Santa Maria-RS, 100 mil homens nesta reza, e dali saiu em
peregrinação pelas famílias daquela Paróquia. Rendamos Graças a Deus por intermédio da Mãe Rainha pela existência deste valioso instrumento de evangelização em todas as Dioceses, por estes valorosos homens que rezam semanalmente o terço os mesmos são missionários, contemplando a vida de Cristo através dos sagrados mistérios desta poderosa oração.
Texto e fotos:Portal Católico.Net
Álbuns de fotos:Clique aqui
Assista o vídeo do momento da caminhada:
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