A Paróquia Santa Inês, situada no bairro Santa Inês em Itabuna (BA), já está realizando o Novenário em homenagem a sua padroeira. As festividades começaram no dia 12 e vão até o dia 21 de janeiro. O tema da festa é “Caminho para formar discípulos missionários.” Esse tema foi inspirado no Documento 107 da CNBB.
Neste domingo (14) aconteceu a 3° Noite do Novenário, com missa presidida pelo Bispo da Diocese de Itabuna, Dom Carlos Alberto dos Santos, e teve como subtema da noite: “Caminhar com Jesus: a experiência dos discípulos de Emaús”
A Santa Missa está acontecendo sempre às 19h e logo após a celebração, acontece a tradicional quermesse e Festa de Largo. Participe!
Conheça a história de Santa Inês
De origem nobre, Inês era filha do rei da Boêmia (atual República Tcheca) chamado Premislau I e da rainha Constância da Hungria. Ela nasceu na cidade de Praga, no ano 1205. Com apenas três anos foi levada para ficar aos cuidados da então abadessa Edwiges, aquela que, mais tarde, tornou-se a famosa Santa Edwiges.
A santa acolheu a menina Inês no mosteiro cisterciense e ensinou-lhe pessoalmente os primeiros fundamentos da fé. Esta santa influência marcou a vida de Inês para sempre. Ainda menina, com apenas seis anos, Inês foi levada para outro convento, a fim de ser formada e preparada para suas futuras funções na realeza. Em 1220, com quinze anos, ela foi prometida em casamento ao duque da Áustria Henrique VII. Este era filho do imperador Frederico II.
Inês foi para essa corte e viveu lá por cinco anos. Nesse tempo, manteve-se fiel à fé e aos deveres cristãos. Ao término dos cinco anos, por razões políticas, os reis romperam o acordo de casamento e Inês voltou para Praga. De volta a Praga, a jovem Inês passou a se dedicar mais intensamente à oração e às obras de caridade. Depois de um tempo de reflexão profunda, decidiu consagrar ao Senhor Deus a sua virgindade. Seu pai, porém, realizou outras alianças políticas e isso envolvia outras promessas de Inês em casamento. De uma delas a santa não teve como fugir. Acontece que ela tinha pedido proteção neste sentido ao Papa Gregório IX.
O Papa, então, interveio, dando reconhecimento oficial à intenção de virgindade de Santa Inês. Os reis envolvidos aceitaram e Santa Inês conquistou a liberdade de seguir o chamado de seu amado Senhor Jesus Cristo.Nesse tempo, frades franciscanos passaram a ir à cidade de Praga como missionários itinerantes. Através deles, Inês tomou conhecimento da vida espiritual que Santa Clara levava em Assis, seguindo a espiritualidade franciscana. Ficou entusiasmada e sentiu que este deveria ser seu caminho também. E ela estava certa.Utilizando seus bens, Santa Inês fundou o hospital de São Francisco na cidade de Praga. Fundou também um mosteiro masculino, para abrigar os frades dirigiriam o hospital. Construiu o Mosteiro das Clarissas de São Salvador de Praga e, em 1236 ingressou nele junto com outras cinco irmãs franciscanas enviadas diretamente de Assis por Santa Clara. Num ato de obediência extrema ao Papa Gregório IX, a jovem irmã Inês aceitou a missão de abadessa deste convento. Esta função ela exerceu até o dia de sua morte. Santa Inês nunca esteve pessoalmente com Santa Clara. No entanto, as duas mantiveram uma relação bastante profunda através de cartas. Clara devotou a Inês uma amizade singular. Tanto que chamava-a de “metade de minha alma”.
A afinidade espiritual que existia entre as duas era realmente admirável. Dentre as incontáveis cartas trocadas entre as duas, sobretudo a respeito da perfeição na vida franciscana, conservaram-se apenas quatro. Todas dignas de estudo e riquíssimas da sabedoria do céu.Santa Inês de Praga entregou-se de todo coração ao serviço dos mais pobres. Fundou para estes um segundo hospital e entregou-o à direção das irmãs Clarissas. Assumiu para sua vida a pobreza absoluta. Renunciou às rendas e passou a viver das esmolas e das doações do povo. Manifestaram-se em sua vida terrena os da profecia e da cura, o que beneficiou sobremaneira à sua comunidade e aos pobres e doentes. Santa Inês de Praga faleceu na cidade de Praga, em 6 de março do ano 1283. A fama da sua santidade já era conhecida em toda parte nas redondezas. Seus restos mortais foram sepultados na capela do convento fundado por ela e que, hoje, leva seu nome. O culto a Santa Inês de Praga é reconhecido oficialmente desde 1874. Sua canonização foi celebrada pelo Papa João Paulo II em 1989. Na ocasião, ele a declarou como a Padroeira da cidade de Praga.
Fotos: Pascom/Paroquia santa Inês
Edição de texto: Anara Passos (Jornalista- DRT 7574)
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