Por ocasião da Festa da Sagrada Família, que a Igreja celebrará no dia 31 de dezembro, o Arcebispo de Sevilha, Dom Juan José Asenjo, dedicou sua mais recente carta pastoral ao sacramento do matrimônio e à célula base da sociedade, que é a família
Na carta, o prelado assinala que “a promoção de uma adequada e orgânica pastoral familiar nas paróquias de nossa Arquidiocese deve ser uma prioridade”, especialmente em face da crise que enfrenta a família por diversos fatores culturais, sociais e políticos.
“Tais fatores estão colocando em risco o mesmo conceito de família, desfocando o valor da indissolubilidade do casamento e equiparando a união conjugal a diversas formas de convivência que não podem ser consideradas como verdadeiros matrimônios”, indica.
É neste contexto que Dom Asenjo faz uma exortação: “Nossa Igreja diocesana deve anunciar com renovado vigor a verdade do matrimônio e da família e seu sentido no desígnio salvador de Deus, como unidade de vida e amor, aberta à procriação de novas vidas, assim como sua condição de ‘Igreja doméstica’ e a sua participação na missão da Igreja e na vida da sociedade”.
Ressalta que a família cristã, fundada no sacramento do matrimônio, “é ícone e reflexo do amor de Deus pela humanidade e sinal do amor de Cristo por sua esposa, que é a Igreja”.
Destaca também que a família, como santuário da vida, “é o âmbito onde a vida, dom de Deus, é acolhida, acompanhada e defendida. Por isso (…) é o fundamento da sociedade, lugar primordial de humanização da pessoa e da convivência civil, pois nela se adquirem os hábitos e os princípios imprescindíveis para uma vida social vivida no amor e na solidariedade”.
“Só por isso os poderes públicos deveriam apoiar a família como se merece. Não posso esquecer outra dimensão importante: a família é também comunidade evangelizadora, aberta à missão, pois os pais cristãos têm como um dos seus principalíssimos deveres a transmissão da Fé e a educação cristã de seus filhos”, prossegue o Arcebispo na carta pastoral.
Nesse sentido, prepondera que na Diocese se esteja trabalhando para fortalecer a Igreja doméstica a partir de várias iniciativas, como o Mestrado em Ciências do Matrimônio e a Família posto em prática recentemente. A partir da unificação dos conteúdos e metodologias dos cursos pré-matrimoniais que ocorrem na jurisdição eclesial, além do programa de educação para jovens e adolescentes à luz da antropologia cristã; assim como os Centros Orientação Familiar diocesanos, dos quais já são cinco na diocese, criados com o objetivo de apoiar aos matrimônios em dificuldade.
“Nenhuma paróquia da Arquidiocese deveria esquecer de elaborar uma programação específica para este setor pastoral. Em todas as paróquias deve existir uma pequena equipe de serviço à família nas distintas dimensões as quais acabei de aludir. Vai nisso a felicidade dos cônjuges e seus filhos, o futuro da Igreja e o bem comum da sociedade, pois a família é, como nos disse o Concílio, ‘a escola do mais rico humanismo'”, conclui Dom Asenjo. (Gaudiumpress)
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