Aconteceu no dia 07 de outubro de 2017, na Sede das Pastorais Sociais (Casa em Movimento) o encontro de formação/informação como tema: “Incidência Politica das Pastorais Sociais na Diocese de Itabuna”, estiveram presentes 15 participantes representando: Comissão Pastoral da Terra – CPT, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, Movimento de Cursilho Cristão – MCC, Pastoral Carcerária, Grupo de Oração João Paulo II, Paróquia da Piedade, Conselho de Cidadania Permanente – CCP, além de representante do Levante Popular da Juventude e do Ministério Público Estadual. O encontro teve como objetivo principal: Aprimorar a práxis da incidência política que os/as agentes das Pastorais Sociais, Organismos e Setor da Mobilidade Humana já realizam, aprofundando conceitos, questionando as práticas, articulando novas atuações e planejando os repasses do que for aprendido, fermentando, assim, valores do Reino de Deus no coração da sociedade na perspectiva de Igreja em saída, e teve como objetivo especifico: Retomar e reforçar a caminhada conjunta das Pastorais Sociais, Organismos, Movimentos no âmbito da Diocese de Itabuna.
Após um primeiro momento de mística motivado por trechos do documento: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”- (Doc. 105 da CNBB), o documento foi aprovado na 54ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em Aparecida, nos dias 6 a 15 de abril de 2016. Tem como perspectiva a afirmação dos cristãos leigos e leigas como verdadeiros sujeitos eclesiais. Esta expressão – sujeitos eclesiais – é recorrente em todo o texto e se fundamenta nos ensinamentos do Concílio Vaticano II e do Magistério subsequente. Pretende-se animar a todos os cristãos leigos e leigas a compreenderem a sua própria vocação e missão e atuarem como verdadeiros sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que se encontram inseridos, reconhecendo o valor de seus trabalhos na Igreja e no mundo. Como sujeitos eclesiais não são uma realidade pronta, mas um dom que se faz compromisso permanente para toda a Igreja, em sua missão evangelizadora, sempre em comunhão com os demais membros. Tivemos também a reflexão do sobre os Discípulos de Emaús (Lc 13, 24-35). Após a leitura do Evangelho de Lucas nos identificamos em muitos momentos como os dois discípulos que abandonaram o grupo que se encontrava reunido em Jerusalém. Caminhamos com ar entristecido, desesperançosos, desanimados. Assim como os discípulos que após a crucificação de Jesus, é de tristeza, desolação e desesperança. Sua fé em Jesus apagou-se. Já não esperam nada dele. Aparentemente dispõem de todo quando poderia levá-los à fé em Jesus Cristo. Conhecem as Escrituras de Israel, conviveram com Jesus, ouviram sua mensagem, viram-no atuar como um ‘profeta poderoso”, ouviram o anúncio pascal das mulheres, que dizem que o crucificado “está vivo” e seus companheiros confirmam que o sepulcro está vazio. Tudo é inútil. Sua fé continua morta. Falta-lhes o mais decisivo. Reconhecer a presença do Ressuscitado em suas vidas, encontrar-se pessoalmente com o Cristo vivo.
Haroldo Heleno falou um pouco sobre o tema, colocando algumas provocações à primeira delas o desafio de “Cultivar a Esperança”, recorreu a uma provocação do Papa Francisco: “A esperança convida-nos a reconhecer que sempre há uma saída, sempre podemos mudar o rumo, sempre podemos fazer alguma coisa para resolver os problemas” (Laudato Si, 61). A partir da apresentação de slides Heleno foi nos mostrando: O ciclo da incidência, caminhos para mudanças, âmbitos da incidência politica, nosso campo de atuação, a necessidade de conhecer para incidir, princípios de valores, roteiro para a incidência. Por fim chegamos a uma síntese do que seria teoricamente esta incidência politica: “Incidência política pode ser considerada um processo socioeducativo participativo, que desenvolve estratégias, ações comunicativas e lutas articuladas de pessoas, grupos e organizações, tendo por objetivos: Favorecer a transformação social em valores, princípios, políticas, estruturas, práticas, ideias e comportamentos; Propiciar proteção e garantia de direitos, principalmente de segmentos populacionais socialmente vulneráveis, da sociedade mais ampla, bem como do meio ambiente e das mais diversas formas de vida no planeta”.
Heleno reforçou este momento de estudo e o desejo de articulação das Pastorais entre si e com os Movimentos Sociais e Instituições, a partir de um trecho da carta de convocação para este encontro: “A diversidade das pastorais sociais é uma riqueza para a Igreja. Importa que sejam bem articuladas entre elas, ligadas a outras pastorais da Palavra ou dos Sacramentos, para formar uma pastoral de conjunto ao serviço do anuncio do Evangelho. É vital também a articulação com outros movimentos e organizações da sociedade, partilhando os mesmos objetivos e valores, em defesa da vida, da dignidade e dos direitos de todos. A abertura à sociedade, com as suas contradições e conflitos, é uma condição da sua vitalidade evangélica”. Carta Encíclica, Deus Caritas Est – Bento XVI.
Houve depois uma rica interação dos participantes que propuseram um momento posterior para aprofundar ainda mais o tema da incidência politica, com propostas de ações concretas e conjuntas das Pastorais sociais.
A reflexão deste encontro faz parte dos encaminhamentos apresentados no Seminário de Incidência Politica da grande Região Nordeste da CNBB, que deve realizar uma serie de seminários que a Comissão Episcopal para o Serviço, da Caridade, da Justiça e da Paz (Comissão 8) pretende fazer em todo o Brasil. Serão cerca de 12 seminários. Veja mais informações, clique aqui.
Rodrigo Ortega, Estagiário de Ciências Sociais nos apresentou a proposta do projeto MP Educa, que surge a partir da necessidade de agir perante os altos índices de violência na região, além de todo serviço prestado no combate à criminalidade, o Ministério Público, com o MP Educa, visa promover e desenvolver sua função institucional de promotor da cidadania, dos direitos humanos e da cultura de paz. Saiba mais sobre o projeto acessando o link: clique aqui
A articulação definiu seu próximo encontro para o dia 09 de dezembro, como o tema da campanha da Fraternidade 2018: “Fraternidade e superação da violência”, tendo como lema: “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8).
Itabuna (Ba), 07 de novembro de 2017
Assessoria de Comunicação das Pastorais Sociais
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